12 nov Erisipela: O que é, causas, complicações e tratamento
A erisipela é uma infecção bacteriana muito comum na pele. Ela resulta da penetração de bactérias através de feridas, gerando inflamação, dor e sintomas gerais como febre.
A celulite representa a mesma infecção, porém atinge a parte mais profunda da pele, o tecido adiposo. O abscesso também é uma variedade dessa infecção e consiste em uma coleção de pus na parte inferior da pele, incluindo a derme e a hipoderme.
Incidência da erisipela
A erisipela é freqüente nos idosos e pessoas de meia-idade, porém pode atingir também as crianças. A incidência é de 200 casos por 100.000 habitantes e é mais freqüente no verão. Os fatores predisponentes associados à erisipela são:
Ruptura da barreira da pele gerada por traumas como:
- Feridas provocadas por trauma na pele;
- Úlceras de pressão (escaras de decúbito);
- Úlceras de perna por insuficiência venosa (veias);
- Picada de inseto;
- Injeção de drogas ilícitas;
- Inflamação da pele decorrente de eczema, radioterapia e psoríase;
- Remoção de gânglios linfáticos em tratamento de metástase, como o de mama;
- Anomalias congênitas dos vasos linfáticos;
- Edema consequente à insuficiência venosa;
- Obesidade;
Outro fator predisponente são as fissuras entre dedos dos pés, especialmente entre o quarto e quinto dedos, decorrente de dermatofitose, também conhecida como tinha (pé de atleta) e que, freqüentemente, passam despercebidas.
O que causa a erisipela?
A bactéria responsável pela maioria dos casos de erisipela é o estreptococo beta hemolítico do grupo A seguido pelo Estafilococo aureus e raramente por bacilos aeróbios Gram-negativos e bactérias anaeróbias.
Os pacientes com imunidade baixa, como os portadores de HIV, estão muito mais susceptíveis a um grande número de outras bactérias.
Manifestações clínicas da erisipela
A erisipela se manifesta como área avermelhada, com edema (aumento de volume da região), petéquias (hemorragias na pele) e até bolhas, bem como dor e calor na pele. As bordas da lesão são bem delimitadas.
A pele pode estar infiltrada, ou seja, elevada por inchaço.
Exames complementares
Fazer a testagem através da identificação da bactéria pela da cultura bacteriana além do antibiograma (identificação das bactérias sensíveis a serem mortas pelos antibióticos) da pele ou no sangue pode ser necessário nos casos graves de erisipela.
A ultrassonografia é útil para identificar abscesso. A ressonância magnética serve para distinguir entre celulite e osteomielite (infecção no osso).
Em pacientes com celulite recorrente, testes sorológicos para o Estreptococo beta-hemolítico devem ser realizados, como os de anti estreptolisina O, anti deoxiribonuclease B, e anti hialuronidase.
Tratamento da erisipela
O tratamento da erisipela exige o acompanhamento por um médico especializado para evitar as complicações citadas acima.
Os pacientes devem ser tratados com antibiótico que atuem contra o estreptococo, inicialmente, por via oral.
Erisipela severa
Morbidades associadas à baixa da imunidade, como AIDS e transplantados de órgãos. O uso de antibiótico por via intramuscular para prevenir recidivas da erisipela ocorrem nas seguintes condições:
- Edema consequente ao comprometimento da drenagem linfática;
- Insuficiência venosa;
- Obesidade;
- Imunossupressão (baixa da imunidade);
- Fissuras (feridas) entre dedos dos pés por dermatófito (pé de atleta)
Nos casos de erisipela de repetição que tende a gerar grande deformidade da perna, a penicilina G Benzatina, por via intramuscular, deve ser reaplicada a cada 3 semanas durante muitos anos.
As pernas devem ser elevadas frequentemente, além de fazer a hidratação diária da pele.
É importante ressaltar que a automedicação pode ter efeitos contrários dos desejados. Por isso, é importante fazer o acompanhamento com um dermatologista.
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