12 nov Dia do idoso: envelhecer com qualidade de vida é possível?
Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional do Idoso (hoje, 1º de Outubro) é uma oportunidade para que as pessoas lembrem que a idade chega para todos, e que com ela, novas dificuldades surgirão.
Entre 2010 e 2050, a expectativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de que a população de idosos vai triplicar no Brasil, atingindo o número de mais de 66 milhões de indivíduos. Em 2030, inclusive, o número de pessoas acima de 60 anos superará o de crianças brasileiras. Com isso, a preocupação com a qualidade de vida na terceira idade tende a ser um tema recorrente nos próximos anos.
O que é “envelhecimento ativo”
Envelhecimento ativo é o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas.
O envelhecimento ativo aplica-se tanto a indivíduos quanto a grupos populacionais. Permite que as pessoas percebam o seu potencial para o bem-estar físico, social e mental ao longo do curso da vida, e que essas pessoas participem da sociedade de acordo com suas necessidades, desejos e capacidades; ao mesmo tempo, propicia proteção, segurança e cuidados adequados, quando necessários.
É possível envelhecer com qualidade de vida?
Diferentemente do que muitas pessoas pensam, é possível ter bastante qualidade de vida na terceira idade. Logo, mesmo com as mudanças do corpo, algumas ações que auxiliam a preservar a saúde e a qualidade do cotidiano podem ser feitas.
Como manter a qualidade de vida na terceira idade?
Existem diversas maneiras de manter a qualidade de vida nessa fase, principalmente por meio da criação de hábitos saudáveis. Confira, a seguir, as principais dicas de como fazer isso.
Pratique atividades físicas
O sedentarismo na terceira idade pode contribuir para a dependência e a limitação, prejudicando a qualidade de vida. Assim, a prática de atividades físicas é um dos pontos principais para ter a saúde em dia. Mesmo o exercício mais leve pode auxiliar a preservar a mente e o corpo balanceados.
Por tanto, é importante investir em exercícios aeróbios, como caminhada, natação ou dança, que fortalecem a musculatura, equilibram o corpo e aumentam a flexibilidade.
Os principais benefícios das atividades físicas são:
- Melhora da memória e raciocínio lógico;
- Diminuição da pressão arterial;
- Aumento da confiança;
- Estimulação do bom funcionamento do sistema imunológico.
Tenha uma alimentação saudável
A necessidade de nutrientes muda e, muitas vezes, os idosos apresentam condições de saúde que podem trazer restrições à sua alimentação. Quanto melhor o indivíduo se alimentar, mais disposição terá para viver o dia a dia.
Dicas de alimentação saudável:
- Mantenha uma alimentação variada e colorida, com a ingestão de verduras, legumes, frutas e cereais integrais;
- Prefira os alimentos naturais, em vez dos processados;
- Reduzir a quantidade de sal nos alimentos;
- Higiene no preparo das refeições;
- Consumir cerca de 2 litros de água por dia.
Mantenha o cérebro ativo
As dicas prévias auxiliam a cuidar da saúde física, mas o cérebro também merece atenção. É essencial treinar a memória para prevenir a degeneração e fortalecer as ligações neurais. Por isso, opte pelos jogos de memória, leia livros, experimente novos hobbies etc.
Relações sociais
Aumentar o convívio social auxilia na melhora da saúde mental, previne a depressão, evita o sedentarismo, entre outras vantagens. Um dos grandes problemas relacionados à terceira idade é o aparecimento da depressão. Esse fenômeno está ligado ao isolamento do idoso, já que os filhos saíram de casa e a perda de pessoas queridas se torna mais comum. Além disso, o fim da vida profissional e a aposentadoria podem causar um sentimento de inutilidade.
Portanto, o convívio social é essencial para que o idoso se sinta parte da comunidade e continue tendo a mente estimulada.
Prevenção de quedas
Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, as quedas são a primeira causa de acidentes com pessoas acima de 60 anos. Cerca de 5% das quedas levam a fraturas. As mulheres sofrem mais fraturas que os homens, entretanto, a mortalidade devido às fraturas é maior entre eles.
Em muitos casos, o idoso não relata ao médico os pequenos incidentes, o que impede o diagnóstico de algum problema seja na visão, no equilíbrio ou na audição. O risco de cair, realmente, aumenta significativamente com o avançar da idade, o que coloca esta síndrome geriátrica como um dos grandes problemas de saúde pública, devido ao aumento da expectativa de vida da população.
Acompanhamento médico
Mesmo na ausência de doença, marcar uma consulta de rotina com o geriatra a cada seis meses ou um ano é sempre uma boa ideia. Nessas consultas, o paciente tem a oportunidade de conversar sobre suas atividades diárias, avaliar sua vida após a aposentadoria e tirar dúvidas sobre as mudanças que o envelhecimento traz ao corpo. Já o médico poderá recomendar vacinas a serem tomadas e exames a serem feitos para prevenir ou diagnosticar precocemente alguma alteração, rastrear possíveis cânceres e acompanhar o uso de medicamentos.
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