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Anemia em idosos: saiba mais sobre o assunto

A anemia é um problema de saúde comum nos idosos e a sua prevalência aumenta com a idade.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) consideram-se os valores da hemoglobina inferior a 12 g por decilitro de sangue nas mulheres e inferior a 13 g por decilitro nos homens, como valores indicativos de anemia.

A anemia resulta da existência de glóbulos vermelhos inferior ao normal no sangue ou deficiência na formação desses glóbulos.Cerca de 10% das pessoas com mais de 65 anos que vivem de forma independente têm anemia, tornando-se ainda mais comum à medida que as pessoas envelhecem.

Mas muitas das vezes é um problema de saúde silencioso porque os sintomas podem ser confundidos com outras doenças ou simplesmente com cansaço, o que resulta muitas vezes em não ser levado a sério e tratado devidamente.

No entanto, a anemia está associada a um conjunto de condições de saúde subjacentes, e pode apresentar-se como uma emergência com risco de vida ou até um problema crônico que pode ser facilmente gerido pelo médico.

Uma anemia mal compreendida também pode levar a preocupações desnecessárias, ou talvez mesmo a tratamentos inadequados com suplementos de ferro.

Sintomas da anemia:

  • Fadiga
  • Fraqueza
  • Falta de ar
  • Frequência cardíaca alta
  • Dores de cabeça
  • Palidez, que se pode verificar na parte interna inferior dos olhos
  • Pressão arterial mais baixa, especialmente se a anemia for causada por hemorragia

Contudo, é também muito comum que as pessoas tenham uma anemia ligeira, o que geralmente significa um nível de hemoglobina que não está muito abaixo do normal. Neste caso, os sintomas podem ser pouco perceptíveis ou inexistentes.

Causas mais comuns de anemia em idosos

Assim, podem existir diferentes causas que estão relacionadas, sobretudo com dois processos; a produção de glóbulos vermelhos ou a perda de glóbulos vermelhos, estas são as mais comuns:

Problemas com a produção de glóbulos vermelhos

Estes incluem problemas relacionados com a medula óssea, onde os glóbulos vermelhos são produzidos, e também deficiências em vitaminas e outras substâncias utilizadas para produzir glóbulos vermelhos.

Quimioterapia

Ou outros medicamentos que afetam as células responsáveis pela produção de glóbulos vermelhos.

Deficiência de ferro

Isto acontece freqüentemente por causa de uma situação de perda de sangue crônica, como períodos pesados em mulheres ou uma úlcera que sangra lentamente no estômago, no intestino delgado ou mesmo uma hemorragia crônica no cólon.

Falta de vitaminas necessárias

Deficiência de acido fólico e de vitamina B12 no organismo, devida tanto à má-absorção destas vitaminas como a uma dieta pobre e deficiente. A vitamina B12 e o acido fólico são ambos essenciais para a formação dos glóbulos vermelhos.

Baixos níveis de eritropoietina

É um hormônio produzido pelos rins, sendo transportada até a medula óssea, onde estimula as células a formarem hemácias, que contêm hemoglobina, a proteína que transporta oxigênio pelo corpo.

As pessoas com doença renal têm freqüentemente baixos níveis deste hormônio, o que pode causar uma anemia.

Inflamação crônica

Muitas doenças crônicas estão associadas a um nível baixo ou moderado de inflamação crônica. A inflamação parece interferir com a produção de glóbulos vermelhos, este processo é conhecido como anemia de doença crônica.

Doenças da medula óssea

Qualquer perturbação que afete a medula óssea ou os glóbulos vermelhos pode interferir com a produção de glóbulos vermelhos causar anemia.

Como prevenir e tratar a anemia em idosos?

Inicialmente é importante melhorar a diversidade e a qualidade da dieta, priorizando a oferta de alimentos fonte de ferro, vitamina B12 e ácido fólico.

Considerando que a deficiência de ferro é a principal causa de anemia em idosos, é importante aumentar a oferta de alimentos ricos no mineral, como carnes, principalmente carne bovina, leguminosas como o feijão e os vegetais verde-escuros.

Vale destacar que a absorção do ferro oriundo de fontes animais é significativamente melhor que aquelas de fonte vegetal.

  • Aumentar o consumo de outros nutrientes que favorecem a absorção e metabolismo do ferro: vitamina C, vitamina E, zinco e cobre;
  • Ajustar os horários em que forem consumidos alimentos ricos em cálcio (leite e derivados);
  • Reduzir o consumo de chá e café, principalmente em horários próximos às refeições principais (almoço e jantar)

Uma vez identificada a anemia, é possível que o idoso necessite de algum tipo de suplementação de ferro. Essa suplementação pode ser oral ou intravenosa (através de soro direto na corrente sanguínea), mas só o médico ou nutricionista, diante do exame de sangue, poderá indicar a melhor estratégia a ser usada.

A anemia em idosos pode ser um importante fator de risco para o surgimento de complicações como declínio cognitivo, maior tempo de internação hospitalar, maior risco de infecções e mortalidade. Portanto, merece atenção e cuidado adequado para um diagnóstico e tratamento precoces.

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