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Quais são as causas do transtorno do sono em idosos?

Quais são as causas do transtorno do sono em idosos?

A qualidade do sono diz muito sobre nossa rotina, nosso estresse e nossa saúde. Por isso, dormir bem é fundamental em qualquer idade. No entanto, à medida que envelhecemos, o sono vai se modificando e, dependendo dos hábitos do cotidiano, ele pode sofrer desajustes.

O envelhecimento traz uma série de mudanças no padrão de rotina das pessoas. A aposentadoria, a diminuição de atividades físicas e o uso de medicamentos podem alterar também o padrão de sono. Nessa fase, é comum as queixas sobre insônia, sonolência diurna, falta de memória e o sono “picado” durante a noite. Para recuperar o período de descanso completo, o primeiro passo é cuidar da chamada higiene do sono.

Essas mudanças nos padrões de sono podem elevar o risco de quedas e fadiga, influenciando na qualidade de vida dos idosos. Por isso, é essencial diagnosticar as causas do problema e tratá-las de forma adequada.

Causas de distúrbios do sono

Os distúrbios do sono em idosos podem ser primários, quando não há outra causa médica ou psiquiátrica, ou podem indicar problemas de saúde que causam perda na qualidade do sono.

Na lista dos distúrbios primários estão:

Insônia – caracterizada pela dificuldade em adormecer, em constantes interrupções do sono ou sono inquieto. Além de ser um distúrbio, ela também pode ser sintoma de outras condições, como a depressão e a ansiedade.

Apneia do sono – breves interrupções na respiração durante o sono.

Síndrome das pernas inquietas – necessidade de mover os membros enquanto dorme.

Distúrbios do sono no ritmo circadiano – quando o corpo não consegue adormecer à noite e manter-se acordado durante o dia, invertendo a rotina de descanso.

Transtornos do comportamento REM – incluem pesadelos, terror noturno e sonambulismo.

Fatores de risco para os distúrbios do sono

Condições de saúde podem ser a causa de distúrbios do sono. A demência, por exemplo, é uma das doenças que podem causar insônia. Outros problemas neurológicos que podem estar envolvidos com o sono ruim são o Mal de Parkinson e o Alzheimer.

Pacientes com dores crônicas, como a artrite, também podem ter dificuldades para dormir, assim como aqueles que têm doenças crônicas cardíacas, neurológicas, gastrointestinais e respiratórias.

O uso de medicamentos também pode estar relacionado a problemas no período de descanso. Remédios para hipertensão, glaucoma, problemas estomacais, problemas pulmonares e antidepressivos podem ter efeitos colaterais que prejudicam o sono.

Cafeína, álcool e tabaco também podem contribuir com os problemas para dormir.

Como é possível combater os distúrbios do sono?

A primeira recomendação de tratamento de distúrbios do sono, especialmente para idosos, é a terapia, já que a adição de medicamentos à rotina não é algo desejável. Em cerca de seis semanas de terapia cognitivo-comportamental é possível aprender novos hábitos que melhoram a qualidade do sono.

  • Manter horários fixos para dormir e acordar;
  • Não realizar atividades de trabalho e lazer na cama;
  • Optar por ler ou realizar atividades tranquilas, como meditação, antes de dormir;
  • Evitar luzes acesas perto da hora de dormir, sobretudo brancas e azuis;
  • Manter o quarto limpo, organizado, em temperatura confortável;
  • Evitar dormir durante o dia;
  • Comer de três a quatro horas antes de ir dormir;
  • Praticar exercícios físicos regularmente;
  • Evitar o consumo de cafeína e álcool antes de dormir;
  • Tomar banhos quentes para relaxar o corpo.

O uso de medicamentos para dormir depende de prescrição médica e jamais devem ser tomados sem indicação de um profissional. Além disso, os remédios devem ser usados a curto prazo, devido aos efeitos colaterais. Esse tipo de medicamento pode aumentar o risco de quedas, causar sonolência durante o dia e até mesmo dependência caso usado de forma indiscriminada.

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