12 dez Lesão por pressão em idosos: Saiba como evitar
A classificação e o diagnóstico da doença variam conforme a gravidade da lesão. Para facilitar a conduta durante o tratamento, convencionou-se classificar a lesão por pressão em 4 níveis distintos:
Nível 1 – Eritema
Essa fase inicial é chamada de hiperemia: uma vermelhidão provocada pelo maior acúmulo de sangue em uma área da pele. Esse tipo de lesão atinge as camadas mais superficiais da pele. A pele permanece íntegra, mas com manchas vermelhas. Entretanto, se a pressão local for aliviada, as machas tendem a desaparecer logo.
Nível 2 – Isquemia
É uma evolução da hiperemia quando a pressão exercida pelo atrito provoca o ferimento. Nesse nível, há o comprometimento de todas as camadas da pele, pode ocorrer a formação de uma bolha ou um ferimento superficial na região afetada.
Nível 3 – Necrose
Quando a lesão evolui muito, atinge o tecido adiposo e muscular e adquire um aspecto característico de tecido morto com coloração arroxeada. Nos casos mais graves, é comum o surgimento de um nódulo endurecido que pode sangrar.
Nível 4 – Ulceração
Esse é o grau mais crítico da lesão por pressão. Observa-se uma progressão da ferida em profundidade, com destruição das camadas da pele e do tecido muscular. Nas feridas muito profundas, os ossos e as articulações podem ficar expostos.
O envelhecimento é uma fase especial e que inspira muitos cuidados. Por isso, a opção por hábitos adequados que sinalizem um estilo de vida mais saudável é fundamental. Além disso, procurar um geriatra periodicamente e realizar exames de rotina são aspectos relevantes para a prevenção de doenças típicas nos idosos.
Quais as causas mais comuns de lesão por pressão?
Alguns fatores são considerados os principais agentes causais para o surgimento da doença. No entanto, o que mais influencia a formação de lesão por pressão é a diminuição de sangue, que compromete a oferta de nutrientes em determinada região do corpo.
Por isso, quando a pessoa fica na mesma posição deitada ou sentada por um período muito prolongado, há um risco maior de compressão da pele, o que pode provocar as escaras.
Outra questão agravante é a umidade em áreas mal ventiladas do corpo. Por isso, um dos cuidados mais recomendados é secar bem essas regiões e mantê-las hidratadas para manter a integridade da pele, principalmente em pessoas acamadas.
Vale salientar que, quando uma escara surge na pele, é bem provável que ela já estava sendo formada bem antes nos tecidos musculares da pessoa. Além disso, o risco de infecção bacteriana em uma ferida aberta ou malcuidada pode evoluir para sérias complicações.
Logo, os responsáveis pelo cuidado com o idoso ou com quaisquer indivíduos do grupo de risco precisam ficar alerta quanto a esses detalhes. O ideal é a monitoração permanente e o cuidado preventivo para evitar o surgimento dessas lesões.
Como é feito o diagnóstico da lesão por pressão?
Nem sempre é fácil observar o desenvolvimento das lesões, principalmente quando o idoso tem a sensibilidade prejudicada. Uma leve vermelhidão local é o primeiro sinal que indica a pressão entre a pele e a superfície de contato. Entretanto, na ausência de cuidados adequados, a lesão pode evoluir rapidamente para um grau mais avançado.
Logo, é necessário buscar ajuda médica a fim de que a pessoa seja avaliada e se submeta ao tratamento mais adequado. Ainda que a aparência da lesão seja característica, o profissional pode exigir alguns exames laboratoriais. O mais indicado para a confirmação do diagnóstico é a biópsia do tecido afetado.
Quais os tratamentos e cuidados recomendados para lesão por pressão?
Considerando os sintomas e os fatores de risco para a doença, a escolha correta do tratamento é fundamental para reduzir a evolução da lesão por pressão e controlar os riscos de infecção.
Entre as opções de tratamento mais indicadas, estão:
Tratamentos convencionais
A lesão por pressão pode causar dor constante e bastante significativa. Para aliviar a situação e acalmar o paciente, a dor precisa ser monitorada regularmente.
Conforme o estágio da doença, analgésicos e anti-inflamatórios são as medicações mais utilizadas. Entretanto, em pacientes com função cognitiva prejudicada, recomenda-se a observação dos sinais vitais como indicativos do nível da dor.
Tratamentos alternativos
O tratamento para lesões que ainda não estão abertas é mais simples e pode melhorar a circulação sanguínea local e reduzir o risco de ferimentos. Uma alternativa segura são as massagens suaves com óleo de girassol ou creme hidratante. Esses cuidados favorecem a boa recuperação do paciente.
Intervenção cirúrgica
Lesões no estágio 4 podem exigir cirurgia. Nesses casos, a escarectomia é recomendada para a retirada total da região com necrose. Às vezes, quando a área lesionada é profunda, é preciso realizar um enxerto. Para evitar rejeição, recomenda-se que o material enxertado seja do próprio paciente.
Curativos
Nas lesões que já estão abertas, o ideal é que o tratamento seja feito por um profissional habilitado e em uma instituição de saúde. Esse cuidado objetiva evitar infecções, pois o uso equivocado de pomadas não indicadas ou a realização de um curativo sem a devida assepsia podem favorecer o ataque de bactérias.
Entretanto, se houver necessidade de trocar o curativo em casa, a limpeza da ferida deve ser feita com soro fisiológico, se possível morno. Cuidados como uso de gaze estéril, higienização adequada das mãos e uso de luvas são essenciais para evitar infecção.
Acompanhamento nutricional
A desnutrição coopera para a evolução das lesões por pressão. Em idosos, a falta de elementos responsáveis pelo equilíbrio nutricional pode prejudicar a cicatrização das feridas e evoluir para estágios mais graves.
Logo, a avaliação e o acompanhamento nutricional são primordiais ao efetivo controle da lesão por pressão. Se preciso, ofereça a alimentação pastosa e inclua um mix de legumes e vegetais para garantir as vitaminas essenciais à saúde do idoso.
Como prevenir lesão por pressão?
Alguns princípios são essenciais para a prevenção de lesão por pressão. Essas ações podem ser consideradas como um importante diferencial para o processo de controle desse problema. Entre os fatores mais importantes, destacam-se:
Cuidados com o banho
À medida que a pessoa envelhece, a pele fica mais fina, perde a elasticidade e se torna mais ressecada. O banho, então, elimina as células mortas e aumenta a resistência da pele, o que influencia a recuperação mais rápida em caso de lesões.
Por essa razão, o banho em idosos deve ser feito com bastante cuidado. Além disso, cabelos e unhas também precisam de cuidados especiais: cabelos limpos reduzem os riscos de coceira e de ferimentos no couro cabeludo. As unhas devem ser corretamente aparadas para evitar arranhões e ferimentos na pele.
Higienização da pele
Manter uma higienização adequada da pele é um aspecto muito favorável à saúde do idoso. Além de evitar o acúmulo de germes que causam diversos males, esse cuidado é essencial à prevenção de escaras típicas da terceira idade. Deve-se manter a pele dos idosos hidratada e limpa e evitar a umidade, principalmente na região genital.
Massagear a pele com cremes hidratantes ou óleos de banho estimula a área pressionada e promove o alívio da pressão exercida na pele. Porém, essas massagens devem ser feitas com bastante leveza a fim de estimular a circulação sanguínea e garantir a oxigenação necessária nas regiões mais propensas a feridas.
Mudança de posição
Em alguns casos, os cuidados precisam ser mais intensos para evitar o surgimento dessas lesões. Indivíduos hospitalizados ou aqueles que utilizam cadeira para idosos exigem mais atenção. Para prevenir a compressão na pele, o ideal é mudar as pessoas de posição a cada 2 horas.
Além do mais, utilizar camas com colchões macios e manter os lençóis bem limpos e esticados evitam o atrito sobre a pele. Trocar as fraldas geriátricas em um intervalo máximo de 4 horas e colocar travesseiros macios embaixo das costas ou dos cotovelos são medidas válidas.
Por que a alimentação equilibrada influencia a cicatrização de feridas?
Garantir uma alimentação balanceada é fundamental para assegurar o aporte necessário de substâncias como as vitaminas e proteínas importantes ao processo de cicatrização da pele. Por isso, familiares, enfermeiros e cuidadores devem garantir ao idoso uma alimentação rica nesses nutrientes.
A cicatrização das feridas resultantes das lesões por pressão envolve uma gama de eventos e situações especiais, nas quais a alimentação exerce um importante papel. O primeiro ponto é que o organismo de uma pessoa bem alimentada fecha as portas ao ataque de germes causadores de doenças.
Alguns alimentos são recomendados para ativar os processos cicatrizantes e aliviar os sintomas dessas lesões. Garantir o aporte desses nutrientes é fundamental à recuperação da saúde do idoso: eles promovem a reparação tecidual e a manutenção da integridade das camadas da pele.
Os alimentos mais ricos nessas substâncias são repolho, gengibre, salsa, laranja, abacaxi, morango, brócolis, aspargo, espinafre e outros que contenham vitamina K. Se o idoso apresentar dificuldades de deglutição, o ideal é que se utilizem suplementos alimentares.
No entanto, o cuidado com a saúde deve ser priorizado em todas as fases da existência. Pois as escolhas realizadas ao longo da vida determinam os hábitos que caracterizam o estilo de vida de cada ser.
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