
10 fev Qual a relação entre apneia do sono e Alzheimer?
O processo de envelhecimento traz muitas mudanças para a vida de qualquer pessoa. O caminho até a terceira idade, por exemplo, pode acarretar em diversas alterações na saúde, como o aparecimento da apneia do sono em idosos. Esse distúrbio respiratório influencia na qualidade de vida, sono e pode até mesmo levar à morte.
Por este motivo, é imprescindível que haja o tratamento adequado da apneia do sono. Neste conteúdo te explicamos melhor o que é a apneia e como ela pode influenciar a vida do idoso. Continue a leitura, fique por dentro do assunto e aprenda melhor sobre a melhor forma de tratamento para este distúrbio respiratório.
O que é a apneia do sono?
Esse distúrbio causa paradas respiratórias durante o sono ou uma respiração superficial. Durante a noite, quem é acometido com apneia obstrutiva do sono costuma sofrer com o entupimento das vias aéreas, o que resulta no problema para a passagem saudável do ar. Assim, a doença leva a um sono de baixa qualidade e, além disso, causa problemas de concentração, irritabilidade e até mesmo impotência.
Apneia do sono: sintomas
- Ronco alto durante o sono;
- Respiração superficial e engasgos durante o sono;
- Acordar várias vezes durante a noite;
- Dor de cabeça matinal;
- Irritabilidade constante;
- Diminuição do rendimento;
- Cansaço excessivo;
- Problemas de concentração;
- Sonolência durante o dia;
- Desenvolvimento ou agravamento dos sintomas depressivos;
- Sentir vontade de urinar várias vezes durante a noite ou ter incontinência urinária enquanto dorme.
Quais os malefícios da apneia do sono em idosos?
Durante a terceira idade, uma boa qualidade de sono é indispensável para manter a saúde em dia, é necessário que os idosos durmam entre 6h e 9h diariamente. Isso se deve ao motivo do sono estar diretamente ligado a saúde física e mental do idoso.
Conheça os malefícios da doença para a saúde do idoso. Continue a leitura, confira agora mesmo e saiba como tratar o distúrbio respiratório.
1. Aumenta as chances de Alzheimer
As pessoas que sofrem com a apneia do sono correm mais riscos de serem acometidas com o mal de Alzheimer. Isso acontece porque os idosos que apresentam distúrbios do sono e dificuldades para dormir têm níveis elevados da proteína associada à doença neurodegenerativa.
Quando o tempo de sono é inferior a 6h diárias, pode haver alterações no depósito da proteína beta-amilóide. Daí nasce a correlação entre a apneia do sono e o Alzheimer, já que a proteína é uma das responsáveis pelo desenvolvimento da demência.
2. Apneia do sono pode matar
As interrupções respiratórias durante o sono podem variar de 10 a 30 segundos. Isso dificulta a respiração da pessoa ao dormir. Essas paradas podem influenciar os níveis cardíacos, que ficam mais elevados. Além disso, o distúrbio acarreta em problemas de oxigenação no sangue, que é interrompida (já que há um problema na respiração).
A longo prazo, as pessoas que sofrem com a apneia do sono são mais propensas a desenvolverem outros problemas de saúde, como a hipertensão, diabetes, dentre outras doenças crônicas. Contudo, em casos mais graves, a apneia do sono pode levar à morte por parada cardíaca.
3. Pode acarretar em depressão
Os episódios de apneia do sono fazem com que a barreira hematoencefálica, responsável pela proteção do cérebro, se torne mais frágil durante os eventos respiratórios. Essas lesões influenciam na oxigenação do cérebro e afetam o humor. Comumente, as pessoas que sofrem com o distúrbio não descansam o quanto deveriam, o que afeta na produtividade diária, gerando a sensação de incapacidade.
Além disso, a apneia também atua na diminuição dos níveis de cortisol, o hormônio responsável pelo controle dos níveis de açúcar no sangue e redução do estresse. E, aliado a isso, o distúrbio também diminui a produção de serotonina, que é um neurotransmissor responsável pela regulação do humor.
4. Ocasiona problemas cardíacos
Devido às paradas respiratórias provocadas pela apneia do sono, é comum que haja aumento da pressão arterial e frequência cardíaca. Além disso, o problema faz com que os vasos sanguíneos se tornem mais estreitos devido à baixa oxigenação do sangue. Assim, com o aumento dos episódios de apneia, os batimentos cardíacos também aumentam.
Assim, o problema pode desencadear no desenvolvimento de doenças cardíacas, como a arritmia, em que as batidas do coração acontecem de forma desordenada. Além disso, a apneia também pode acarretar aterosclerose, hipertensão arterial, infarto e insuficiência cardíaca.
5. Aumenta a sensação de cansaço
Em consequência às paradas respiratórias, a qualidade do sono e descanso durante a noite são afetados. Por mais que haja muitas horas de sono, é comum que a pessoa ainda esteja cansada e sinta muita sonolência durante o dia. Isso prejudica a produtividade durante o dia e ocasiona diversos problemas de concentração, atrapalhando a qualidade de vida e independência do idoso.
Qual é o tratamento da apneia do sono?
Ao detectar os sintomas da doença, há a necessidade de confirmar o diagnóstico da mesma. O primeiro passo para isso é procurar um médico do sono. O especialista irá pedir a realização de exames, como a polissonografia basal, que consiste em monitorar o sono por meio de sensores fixados no corpo.
Durante a realização deste exame, são verificadas as ondas cerebrais, atividade respiratória e níveis de oxigênio no sangue enquanto o indivíduo dorme, além de analisar diversos outros indicativos da doença. Após a realização da polissonografia, o médico do sono irá indicar o tratamento, que é feito por meio da terapia com CPAP.
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