13 out Delirium em idosos: confusão mental repentina pode indicar doenças
De repente, o idoso fica confuso, desorientado, não consegue mais se concentrar ou prestar atenção no que está acontecendo ao seu redor. Essa mudança de comportamento repentina pode indicar uma condição chamada delirium. Conhecida também como estado confusional agudo, estima-se que 50% dos idosos hospitalizados apresentem essa confusão mental em algum momento.
A pessoa fica confusa de uma hora para outra de forma temporária. Trata-se de uma agressão ao sistema nervoso central e acontece por diferentes motivos. É mais comum em quem tem demência. Basta apenas uma infecção urinária para a pessoa apresentar o delirium, já que eles têm uma predisposição maior. Além da confusão mental, a pessoa costuma dormir demais ou ficar retraída, falar frases sem nexo, apresentar agressividade ou agitação. Também são comuns as mudanças repentinas de humor e as alucinações. Essa situação pode durar horas ou dias, no entanto é reversível com tratamento, na maioria das vezes.
Delirium x demência x delírio
O idoso está bem e do nada passa a ter alucinações e ficar agitado. Nesses casos, é comum a família se assustar com a mudança de comportamento. Já a demência tem uma evolução lenta e gradual e é algo permanente. O delirium pode indicar alguma emergência médica.
Também é necessário diferenciar a condição do delírio, ou seja, uma alteração mental que traz uma distorção da realidade por causa de um transtorno psiquiátrico como esquizofrenia.
O que causa?
Há diversas situações que ocasionam o delirium e é preciso que se descubram as causas para iniciar o tratamento adequado. Vale destacar que o delirium não é uma doença e também afeta os mais jovens, apesar de raro. A condição é mais frequente em idosos acima de 75 anos.
Além da demência e idade avançada, pessoas que tiveram alterações neurológicas como AVC (acidente vascular cerebral), doenças crônicas degenerativas e déficits sensoriais (audição ou visão) estão mais suscetíveis ao delirium. Algumas causas:
• Reação de alguns medicamentos;
• Infecções como urinária ou pneumonia;
• Insuficiência renal ou hepática;
• Uso de cateteres e sondas;
• Imobilidade;
• Distúrbios metabólicos;
• Desidratação.
Tipos de delirium
O delirium é classificado em hipoativo, hiperativo ou misto (quando mistura sintomas das duas condições). O hipoativo é mais difícil de ser identificado, pois a pessoa fica apática, com muito sono e lentidão.
Já em casos de delirium hiperativo, como o próprio nome já diz, o idoso fica inquieto e irritado. Também é comum ter alucinações visuais. Por fim, o delirium misto alterna os dois estados: geralmente há sonolência durante o dia e agitação no final da tarde e noite.
Idosos internados têm maior risco de ter delirium
Ficar internado no hospital é ruim para qualquer pessoa. Mas, para os idosos, é ainda pior. Eles são tirados do seu ambiente de conforto, passam a ficar deitados em uma cama com pessoas estranhas entrando e saído do quarto e mexendo em seu corpo. Perdem o contato com a natureza, o mundo externo e reduzem o contato com pessoas conhecidas.
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